sábado, 2 de maio de 2009

O aterro sanitário de Cianorte – sob gestão da Sanepar – será o primeiro do Paraná a gerar energia elétrica a partir da utilização do Biogás. O contrato para implantação do sistema foi assinado nesta quinta-feira (19) pelo diretor comercial da Sanepar, Natálio Stica, e pelo prefeito Edno Guimarães.

A empresa vai aplicar R$ 1 milhão na execução da obra, prevista para iniciar ainda este ano. Os recursos serão financiados pela Caixa e não terão custo para o município. A gestão do lixo na cidade é feita pela Sanepar deste 2002 e considerada modelo para o Brasil.

De acordo com o diretor, a energia gerada inicialmente será utilizada no próprio aterro, mas a intenção da empresa é ampliar o seu uso. “Assim que o sistema entrar em funcionamento a Sanepar deverá requerer, junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, autorização para comercialização da energia excedente para a Copel”, informou Stica.

Ele destacou que o aproveitamento do gás metano irá reduzir os impactos ambientais na atmosfera. “Isto vai possibilitar a obtenção de créditos de carbono, gerando com isto mais recursos para serem reinvestidos no sistema”, disse.

Para o prefeito, os investimentos em saneamento são sempre importantes, pois garantem boas condições de vida para a população. “A cidade é muito bem atendida pela Sanepar nos serviços de água e esgoto.

Na área do lixo a empresa também tem realizado um bom trabalho e esta nova experiência com a utilização do biogás produzido no aterro será muito boa para Cianorte, principalmente no que se refere à preservação do meio ambiente”, enfatizou Guimarães.

Aterro regionalizado

Natálio Stica aproveitou a visita para se reunir com os vereadores da cidade. Entre os temas discutidos estava a implantação da operação regionalizada do aterro sanitário. Para que a regionalização seja implementada, a Câmara Municipal precisa aprovar uma lei autorizativa, permitindo o recebimento de resíduos de outros municípios.

Entre as cidades interessadas estão Terra Boa e São Tomé. Além do prefeito e dos vereadores, também participaram da reunião o coordenador de clientes da Sanepar, José Aparecido Fogaça, e o assessor de novos negócios da companhia, Nuno Alves Pereira.

“A operação regionalizada deverá trazer muitas vantagens, pois irá permitir uma economia de escala, devido à otimização do uso de equipamentos e pessoal. A diminuição do uso de áreas impactantes, por meio de uma gestão mais eficiente, também será possível, reduzindo assim os danos ambientais”, explicou Stica.

Outra vantagem apresentada pelo diretor é a possibilidade de ampliar a geração futura de energia elétrica a partir do biogás. A comercialização do excedente irá proporcionar a obtenção de mais recursos para serem aplicados nas unidades de tratamento e coleta de lixo.

Edno Guimarães destacou que um dos principais benefícios será sentido pelos usuários, por isso ele espera que os vereadores analisem bem esta oportunidade. “A maximização do uso do aterro com a participação de outros municípios é uma solução para baratear a operação, podendo ser revertida em uma futura diminuição de tarifa.

A maior arrecadação também irá permitir mais investimentos em tecnologia para a ampliação da vida útil do aterro, enfatizou”.

Pag 8 Máquina de Reciclar Papel


Este projeto está sendo desenvolvido desde 1998. Depois de diversos estudos, conseguimos desenvolver um equipamento capaz de reciclar todos os tipos de fibras usadas para produzir papel, proporcionando um produto final de alta qualidade. É um sistema de produção ecologicamente correto, com baixo custo da matéria prima e pouca manutenção. Baixo consumo de água, energia elétrica e de fácil operação. Pode ser operada por uma só pessoa, (produto patenteado).

Descrição do processo: a máquina trabalha com aproximadamente 400 litros de água no sistema, essa água se recicla continuamente necessitando repor só a água que sai com a umidade da folha, a reposição da água corresponde a quantidade de papel produzido. A máquina desagrega o papel velho e transforma em novas folhas de papel tipo artesanal. Já para a confecção de produtos pode ser usado máquina de corte vinco ou gabaritos e fica a critério do cliente. Exemplo: como para envelopes, sacolas, caixinhas e estojos para bebidas.A partir daí você usa de sua criatividade ou a necessidade de seus clientes.

A máquina possui um desagregador, ou seja, (um liquidificador) com capacidade para 120 litros de água e desmancha 5 quilos de aparas por vez, o tempo para desagregar as aparas é de 15 minutos fibras curtas e são 30 minutos fibras longas

Os motores usados na máquina pode ser monofásico ou trifásico, de acordo com a necessidade do cliente.

Matéria prima usada pode ser: sobra de gráficas, escritórios, caixas usadas de papelão e etc.

Também foi desenvolvida uma técnica para entrelaçamento do tecido de juta em uma das face do papel, para capa de livros, moldura de quadros, decoração de vitrines, fabricação artesanais, revestimentos de parede e muitas outras utilidades. A máquina pode produzir até 30 folhas por hora com o tamanho de 1.00mx70cm; com gramatura de 40 até 400 por metro quadrado. O preço das aparas fica em torno de 40 a 60 centavos o quilo de papel transformado em produtos, podendo chegar a mais de R$ 20,00 reais o quilo do papel acabado. O papel sai plano e liso como se fosse calandrado, porque seca naturalmente em um lugar arejado e na sombra.

Podemos fornecer as telas prontas no valor de 13 reais cada. Observação: Pode-se começar a produção com 300 telas, e ir aumentando a quantidade de telas de acordo com a necessidade já que o papel seca de um dia para o outro entre duas telas, também a opção do cliente fabricar suas proprias telas com custo de 30% mais barato no minímo. A duração das telas usando diariamente é em torno de 3 anos. O espaço para produzir deve ser em torno de 50 metros quadrados, coberto e arejado.

A máquina é toda produzida em chapa de ferro como todos os equipamentos novos, a cor é determinada pela cliente e o tamanho da máquina é de 1.30m de largura, 2.20m de comprimento e 1.30m de altura, peso em torno de 400 quilos, o frete para transportar fica em torno de 1 real por km ou conforme a região e será paga pelo comprador. Se houver necessidade de assistência técnica na região, haverá despesas de viagem na qual será de responsabilidade do cliente. Após encomenda da Máquina, irá contar 40 à 45 dias para instalação dela. Qualquer dúvida entrar em contato conosco conforme segue no menu "contato".

Patente Registrada: PI 0604637-1 (22) 30/10/2006 a José Manoel Coelho (BR/PR) por A Criativa Marcas e Patentes S/C LTDA.

Pag 7 Tijolo Ecológico


Data Inclusão: 17/05/2004
Autor: Jornal do Commércio

Fabricação ecológica de tijolos

A preocupação com o meio ambiente atingiu também o setor da construção civil. Tijolos fabricados sem passarem pelo forno - e, portanto, gerarem fumaça - vêm roubando a cena na construção de casas. Para entrar no ramo, o investimento inicial para duas máquinas e cimento gira em torno de R$ 11 mil. O empresário terá ainda que locar ou comprar área de 250 metros quadrados.

Os tijolos são fabricados de forma manual e a matéria-prima básica é o barro e cimento. "Não precisam ser queimados em forno, logo não proporcionam agressão ao ecossistema e, por isso, são conhecidos como ecológicos", explica Carlos Prata, representante da Sahara, fabricante de máquinas para tijolos e solo-cimento.

Segundo o empresário, a aquisição da máquina que molda e prensa o tijolo fica em torno de R$ 4.440 a R$ 8 mil, e o misturador, responsável pela homogeneização da massa, entre R$ 3 mil e R$ 3.700. É preciso estar atento ao percentual de areia e argila do solo. O ideal é que ele seja 70% arenoso e 30% argiloso, dizem os fabricantes. Tendo essas características, o solo é misturado com cimento, na proporção de sete para um, e recebe 5% de água.

- Após a mistura, a massa é colocada na máquina prensadora e o resultado é um tijolo maciço ou com dois furos internos - diz Prata. Entretanto, é preciso que o novo empresário respeite as normas técnicas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que determina o mínimo de resistência de 17 quilos por centímetro quadrado do tijolo.

Como a máquina que prensa os tijolos é manual, é necessário uma equipe de duas ou três pessoas para operá-la. Há 18 anos trabalhando com fabricação de tijolos ecológicos em Nova Friburgo, José Luiz Manhães, proprietário da Tijolos Beninho Ltda, ressalta a dificuldade para produzir esse tipo de tijolo nas capitais.

- O principal problema é ficar longe da matéria-prima, o que gera custos elevados com frete - explica Manhães, que tem acompanhamento técnico do professor Francisco José Casanova, da Coppe/UFRJ. O empresário destaca ainda a importância do processo de cura dos tijolos para a determinação de sua resistência. "É fundamental manter os tijolos úmidos durante sete dias e deixá-los secar. Só assim atingem o grau de resistência", explica.

O milheiro do tijolo ecológico custa entre R$ 340 a R$ 550. Para construir uma casa de 180 metros quadrados são necessários 20 mil tijolos, o que representaria um faturamento entre R$ 6.800 e R$ 11 mil para o fabricante, com margem de lucro que varia entre 20% e 25%.

Desde 2000 no mercado, Sérgio Araújo, proprietário da Sara Tijolos Ecológicos, em São Paulo, diz que a produção é voltada para o consumidor final. "Vendemos para o dono da obra. Por isso é preciso estar atento a demanda para saber controlar bem a produção", aconselha. Segundo Araújo, cada máquina tem capacidade para produzir cerca de 1.800 tijolos por dia.

Quando começou, o empresário tinha apenas quatro máquinas. Em quatro anos, a Sara Tijolos triplicou esse número. "Apesar do crescimento, os tijolos ecológicos poderiam ser mais divulgados, principalmente por arquitetos e construtores", comenta, destacando a necessidade de cuidado com a manutenção das máquinas.

Cada equipamento, segundo Araújo, tem vida útil suficiente para produzir cerca de 250 mil tijolos. "Depois, começam a apresentar sinais de desgaste", avalia. Outro ponto de atenção é a sazonalidade do negócio. Na época de chuva as obras diminuem. Entretanto, não é aconselhável parar a produção.

- Quem já começou a construir não vai parar, mesmo com as chuvas. E quando acabar o período chuvoso, a demanda aumentará - explica. Para reduzir os custos no período de pouca procura, Araújo desliga algumas máquinas e dispensa funcionários. "Procuro manter a produção para não perder clientes na estação seca", comenta.

Embora a resistência dos consumidores ainda seja grande, os fabricantes acreditam no crescimento do mercado, o que depende de propaganda e incentivo do Governo. "Como o produto ainda está sendo introduzido, a qualidade deve ser impecável. Nunca prometo um grande entrega, se tiver que diminuir o nível de qualidade", comenta Manhães.

Credibilidade é fundamental para conquistar os consumidores. "O boca-a-boca é a nossa melhor propaganda. Não podemos errar", afirma Araújo. Segundo os fabricantes, uma das grandes vantagens do tijolo ecológico é a redução do custo final da obra e a agilidade.

- São tijolos mais fáceis de encaixar e não precisam da argamassa de assentamento. São encaixados ou assentados com um leve filete de solo-cimento - explica Carlos Prata, lembrando que a economia pode chegar a 40% do custo total da obra.

Para a consultora do Sebrae/RJ, Maria Garcia, é preciso adotar uma estratégia de marketing atuante em cima do produto. "As pessoas desconfiam do que é novo. É preciso explicar e comprovar a funcionalidade do tijolo ecológico. Depois que elas entenderem que pagarão mais caro pelo tijolo, mas terão benefícios superiores ao custo no final da obra, a confiança é conquistada", explica Maria.

Pag 6 Nutec realiza inspeção Técnica em Aerogeradores


O NUTEC através da Divisão de Mecânica, Elétrica e Energia – DIMEE – realizou inspeção técnica em 63 aerogeradores de energia da marca SUZLON, provenientes da Índia, para instalação de Parques Eólicos na costa cearense.

O serviço foi executado pelo Chefe da DIMEE, o Engenheiro Raimundo Montefusco, e desenvolveu-se de modo a responder indagações técnicas da alfândega sobre requisitos técnicos dos aerogeradores e de seus componentes, como pás, naceles, torres, painéis de potência e acessórios.

Todo o material inspecionado encontrava-se depositado no pátio da Companhia Docas do Ceará, no Porto do Mucuripe.

CONHEÇA UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA ENERGIA EÓLICA

Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.

Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos com as mesmas finalidades, a saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras

tentativas surgiram no final do século XIX, mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 1970), é que houve interesse e investimentos suficientes para viabilizar o desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala comercial.

A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada em 1976, na Dinamarca. Atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas em operação no mundo. Em 1991, a Associação Européia de Energia Eólica estabeleceu como metas a instalação de 4.000 MW de energia eólica na Europa até o ano 2000 e 11.500 MW até o ano 2005. Essas e outras metas estão sendo cumpridas muito antes do esperado (4.000 MW em 1996, 11.500 MW em 2001). As metas atuais são de 40.000 MW na Europa até 2010.

Nos Estados Unidos, o parque eólico existente é da ordem de 4.600 MW instalados e com um crescimento anual em torno de 10%. Estima-se que em 2020 o mundo terá 12% da energia gerada pelo vento, com uma capacidade instalada de mais de 1.200GW (WINDPOWER; EWEA; GREENPEACE, 2003; WIND FORCE, 2003).

Recentes desenvolvimentos tecnológicos (sistemas avançados de transmissão, melhor erodinâmica, estratégias de controle e operação das turbinas etc.) têm reduzido custos e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos equipamentos. O custo dos equipamentos, que era um dos principais entraves ao aproveitamento comercial da energia eólica, reduziu-se significativamente nas últimas duas décadas. Projetos eólicos em 2002, utilizando modernas turbinas eólicas em condições favoráveis, apresentaram custos na ordem de 820/kW instalado e produção de energia a 4 cents/kWh (EWEA; GREENPEACE, 2003).

Pag 5 A segunda maior Usina de Energia Solar do Mundo


A segunda maior usina de energia solar do mundo que será instalada em Tauá vai começar a operar em 2009. A previsão da MPX, empresa responsável pela usina, é que até junho estejam sendo produzidos cinco megawatts (MW) de energia. Essa primeira fase do projeto vai demandar investimento de US$ 34 milhões. Em 2011, a usina deve estar operando em sua capacidade total, de 50 MW, energia capaz de abastecer duas cidades do porte de Sobral (com população em torno de 175 mil habitantes). A MPX vai investir US$ 200 milhões na usina cearense.

O engenheiro da empresa, Marco Antônio Vieira, que debateu os impactos ambientais do empreendimento no Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) ontem, explica que a instalação efetiva da usina está dependendo, entre outras coisas, dos trâmites legais relacionados ao terreno de 204 hectares que será cedido pela Prefeitura de Tauá. "Em 45 dias, esperamos estar com o terreno regularizado, com a aceitação por parte do Plano Diretor da cidade e com o Relatório Ambiental Simplificado aprovado para que possamos realizar audiências públicas no município", afirma.

De acordo com a prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, o processo de desapropriação da área já está encaminhado e deve estar concluído até a próxima semana. Quanto à alteração do Plano Diretor, ela diz que, se for preciso, convocará uma sessão extraordinária na Câmara Muncipal. "Acredito que como é de interesse de todo mundo, não vai haver problema na aprovação. Para o Município, é um investimento de uma dimensão muito grande. Tauá vai exportar energia limpa e será toda iluminada com energia solar. Além disso, vai incentivar o turismo científico e gerar oportunidades de trabalho", comemora a prefeita.

Pag 4 Plantas que limpam o Planeta


É primavera! Observem estas lindas florzinhas que parecem que foram colocadas lá para o prazer de nosso olhos. Mas elas não são apenas agradáveis ao olhar, elas também podem cumprir uma outra tarefa na natureza : limpar os solos e as águas da poluição por metais pesados, provenientes das indústrias. Seu nome é Thalaspi caerulescens, da família Brassicaceae, e ela é um dos principais focos das pesquisas sobre a fitoremediação, que tem como objetivo o uso das plantas para degradar, remover ou estabilizar substâncias tóxicas do solo ou das águas contaminadas.

E ela não é a única, existem várias plantas chamadas hiperacumuladoras, i.e, que podem estocar metais dos quais elas não necessitam para seu desenvolvimento (ou que os metabolizam para espécies menos nocivas) que podem realizar esta faxina na natureza. Pois, se estes metais pesados poluidores não forem retirados ou impedidos de migrar, eles vão se acumular nos vegetais comestíveis ou contaminar o lençol freático, acarretando problemas como dermatite alérgica, perfurações do septo nasal, câncers, cefaléia, náuseas e desmaios nos seres humanos. E não é apenas a contaminação por os metais pesados que podem ser tratada por esta técnica, os solos e águas contaminados por herbicidas ou derivados do petróleo também.

Em seguida, os metais contidos nas plantas podem ser extraídos da biomassa, os metais armazenados podem ser recuperados por empresas de fitomineração e o ciclo estará fechado. Este processo é mais barato que os métodos convencionais, que necessitam retirar a terra poluída e transportá-la para um local de tratamento ou depósito.

O problema é que estas plantas só podem recuperar uma baixa concentração destes poluentes. E é aí que entra o estudo efetuado na Universidade de Liège, por exemplo, no qual se estuda o genoma destas plantas para descobrir quais são os genes responsáveis por estas propriedades. Uma vez conhecidos, estes serão então inoculados em plantas como o fumo ou o álamo, que apresentam um crescimento mais rápido ou uma capacidade mais elevada de captação destes poluentes. O "hic" em relação ao meio ambiente é a utilização de transgênicos...mas os cientistas que desenvolvem estas pesquisas tranqüilizam o público afirmando que estes podem ser esterilizados, eliminando assim o risco de propagação.

A fitoremediação já é uma realidade. Nos EUA, a mostarda indiana transgênica, por exemplo, foi usada para tratar solos contendo arsênico na Califórnia. No Canadá, o chumbo, o cobre e o zinco foram retirados do solo graças a 3 espécies : o salgueiro, a mostarda indiana e a festuca (gramínea para pastagens). A Universidade da Georgia desenvolve algodoeiros transgênicos para limpar solos contaminados com mercúrio. As plantas já estão sendo testadas em um terreno da cidade de Danbury, no Estado norte-americano de Connecticut, de onde 60 algodoeiros irão retirar o mercúrio depositado por uma antiga fábrica de chapéus.

No Brasil, várias equipes de pesquisas já se debruçam sobre este processo, em escala de laboratório. Por exemplo, um tipo de samambaia é estudado para a fitoextração de arsênio e o feijão de corda é usado para a recuperação de solos contendo herbicidas. O chorão para a recuperação de águas contendo derivados de petróleo; mamona, girassol, pimenta da Amazônia e tabaco para o tratamento de solos contendo cádmio, chumbo, cobre, zinco e níquel.

Embora esta técnica apresente limitações tais como um tempo de descontaminação longo, ela é economicamente viável e uma excelente utilização de recursos naturais. Resta esperar que seja levada a sério, ultrapasse a escala de laboratório e chegue aos nossos campos.

Pag 3 Carro à Ar


Estão chegando ao mercado os primeiros carros movidos a ar-comprimido. Pelo menos ao mercado da Índia, onde a MDI International, pertencente a Guy Négre, ex-engenheiro da Fórmula 1, fechou um acordo com a maior fabricante de automóveis do país, a Tata Motors.

Négre é o responsável pelo projeto do MiniCat e do CityCat, dois pequenos veículos com carroceria em fibra de vidro e cujo motor funciona unicamente com o ar-comprimido armazenado em um tanque muito parecido com o tanque de gás natural já largamente utilizado no Brasil.

A empresa planeja produzir 6.000 unidades do carro a ar já em 2008, em diversas versões. A carroceria de fibra não é o único fator responsável pelo baixo peso do veículo, que viabilizou a utilização do motor a ar: uma tecnologia de multiplexação permite que todos os equipamentos elétricos do veículo sejam acionados por um único fio - microprocessadores identificam quando o comando se refere à lâmpada do pisca-pisca ou ao limpador de pára-brisas, por exemplo. Só no chicote elétrico, um dos componentes individuais mais caros de um automóvel, foram economizados 22 quilos.

Os pequenos carros a ar-comprimido atingem velocidades de até 110 km/h, com uma autonomia de 200 quilômetros. O reabastecimento é fácil e rápido, podendo ser feito em poucos minutos em estações dotadas de compressores industriais. Mas o proprietário também tem a alternativa de recarregar o tanque em casa mesmo, utilizando um pequeno compressor embutido no veículo. Nesse caso, a recarga do tanque leva quatro horas.

A Tata Motors tem uma joint-venture com a Marcopolo, fabricante brasileira de carrocerias para ônibus. Não foram divulgadas informações sobre a possibilidade de que o carro a ar-comprimido venha a ser fabricado no Brasil.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pag 2 A Utilização da Casca de Côco


Fortaleza ganha primeira unidade de beneficiamento de casca de coco verde do Nordeste

A primeira unidade de beneficiamento de casca de coco verde do Nordeste é resultado do projeto “Uso da casca de coco verde como forma de conservação da biodiversidade”, apresentado no programa de competição global Development Marketplace do Banco Mundial pela Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A inauguração aconteceu no dia 2 de julho, em Fortaleza (CE), contando com a presença do diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, e de outras autoridades federais, estaduais e municipais.
A unidade de beneficiamento está instalada na estação de triagem e transbordo de resíduos sólidos de Fortaleza, no bairro do Jangurussu, em uma área de 3.000 m², e vai fabricar produtos a partir do pó e das fibras extraídas da casca, com capacidade para processar 30 toneladas de casca/dia. Cerca de 1.600t/ano de pó serão produzidos para utilização como substrato agrícola e composto orgânico e as 530t/ano de fibra bruta geradas pela unidade vão servir como matéria-prima para a fabricaç

ão de 27.600 peças de derivados da fibra, como placas, vasos e bastões e 25.000 peças de artesanatos diversos. A fábrica também vai abrigar um espaço para a confecção dos produtos derivados da casca de coco verde.
O projeto, que tem a parceria da Associação dos Barraqueiros da Beira Mar (ABBMar), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo do Estado do Ceará, da Prefeitura de Fortaleza, da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb), da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Faculdade Christus, recebeu US$ 245 mil do Banco Mundial, gerando cerca de 130 empregos diretos e indiretos nas comunidades envolvidas no processo, que inclui a coleta seletiva da casca de coco verde na orla de Fortaleza.
O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Lucas Leite, destaca o caráter inovador dessa unidade de beneficiamento, “porque utiliza uma tecnologia ambiental e socialmente apropriada na congregação de parcerias que se complementam na solução problemas ambientais e na criação de condições reais de inclusão social”. Ele também destaca o caráter multiplicador do projeto, que poderá ser implementado em outras regiões do país.
Aproveitamento
O aproveitamento da casca de coco verde vem sendo estudado há seis anos pela Embrapa Agroindústria Tropical e pode se tornar uma prática ambientalmente sustentável. Segundo a pesquisadora responsável pelo estudo, Morsyleide de Freitas Rosa, é possível desenvolver diversos produtos derivados da casca de coco verde, inclusive substituindo o uso da samambaiaçu na fabricação de vasos e substratos agrícolas para plantas. “A samambaiaçu está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção, em razão da sua intensa exploração para fins e jardinagem e floricultura”, explica Morsyleide.
De acordo com a pesquisadora, esses estudos também estão abrindo várias linhas de atuação complementares, como a caracterização e a apl

icação do substrato à base de casca de coco verde em culturas agrícolas, em parceira com a Universidade Politécnica de Valência (Espanha); pesquisas na área de bioprocessos, em parceria com a Embrapa Solos, Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia Mineral e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; desenvolvimento de novos materiais a partir da utilização dos resíduos agroindustriais oriundos do processamento da casca do coco verde, em parceria com a Embrapa Instrumentação Agropecuária e Universidade Federal do Ceará; pesquisa para utilização da fibra indústria automotiva, em parceira com a iniciativa privada, e, mais recentemente, foi aprovado um projeto em parceria com a Universidade Federal do Paraná e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro para o desenvolvimento e construção de um sistema de geração autosustentável de energia elétrica a partir de biomassa residual de fibra de coco e outras fontes.
Inovação
A água-de-coco verde vem despontando como um produto bastante promissor no mercado brasileiro, com crescimento de mercado estimado em 20% ao ano. O problema, no entanto, é que o aumento no consumo da água-de-coco está gerando cerca de 6,7 milhões de toneladas de casca/ano, transformando-se em um sério problema ambiental, principalmente para as grandes cidades. Só para se ter uma idéia, cerca de 70% do lixo gerado no litoral dos grandes centros urbanos do Brasil é composto por cascas de coco verde, material de difícil degradação e que, além de foco e proliferação de doenças, vem diminuindo a vida útil de aterros sanitários. Em Fortaleza, nos meses de alta estação, só na Avenida Beira-Mar e na Praia do Futuro, são geradas 40 toneladas por dia do resíduo.
Equipamentos
O desenvolvimento do maquinário para o processamento da casca de coco verde também foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Embrapa, em parceira com a iniciativa privada. A estrutura básica consiste de uma máquina trituradora da casca do coco; uma prensa rotativa e uma máquina classificad

ora, que faz a separação entre pó e fibra.

Pag 1 Sejam Bem-vindos

"Idéias Ecológicas em Ação" mostra que quando se tem coragem e ajuda dos políticos as idéias ecolócias são postas em prática !

Cordialmente,

Felix Vasconcelos